
LOC.: As medidas alternativas aos dois decretos que aumentaram o IOF não foram bem recebidas por diversas entidades do setor produtivo, que reagiram logo após o anúncio. Entre essas entidades está a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, a CACB. O presidente da entidade, Alfredo Cotait, subiu o tom:
TEC/SONORA: Alfredo Cotait, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil
“Esta conta também não é nossa. Nós lançamos o Gasto Brasil, onde mostramos que o Governo está gastando mais do que arrecada. Até maio, mais de 500 bilhões de reais é o desequilíbrio das contas públicas. Nós temos que trabalhar para falar para o governo: corte de gastos já! Equilíbrio nas contas. É isso que o povo está pedindo.”
LOC.: A reação ocorre em meio ao esforço do governo federal para encontrar alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, após forte pressão de setores empresariais e do Congresso Nacional.
O recuo foi anunciado após críticas de que a elevação do imposto penalizaria a atividade econômica e encareceria o crédito em um momento de baixo crescimento.
Para o analista de mercado, Eduardo Domenico, algumas das medidas sugeridas, a taxação das bets, são válidas. “Principalmente com relação à questão social, para se coibir o que pode se tornar um vício entre os usuários.” Outras, porém, ele acredita não serem tão fáceis de aprovar:
TEC/SONORA: Eduardo Domenico, analista de mercado
“Acredito ser bem difícil a aprovação da nova tributação dos LCIs e LCAs, sendo que o agro e a construção civil são os grandes fomentadores do PIB e do emprego no Brasil. Criar novas alíquotas para esses segmentos vai dificultar e encarecer ainda mais a obtenção de crédito.”
LOC.: Enquanto isso, o clima entre empresários é de alerta. A percepção é que, independentemente do formato, o ajuste pode resultar em aumento da carga tributária ou redução da competitividade.
Reportagem, Livia Braz