O Brasil se tornou o maior exportador de bovinos vivos por via marítima do mundo: foram mais de 960 mil animais embarcados vivos de navio para o abate no exterior em 2024. O país ultraou a Austrália, que liderava o ranking do mercado até então. Os dados foram apurados pela ONG Mercy For Animals (MFA), a partir de informações de sistemas de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Este ano, apenas de janeiro a abril de 2025, o Brasil já exportou 298,2 mil bois vivos dessa maneira. Segundo a MFA, o montante é superior ao total anual de anos anteriores, como 2013, 2014, 2015, 2016, 2021 e 2022.
Paradoxalmente, a organização aponta que a maior parte da população condena a atividade. Segundo uma pesquisa da Ipsos, 84% dos brasileiros concordam, totalmente ou em parte, que a exportação de animais vivos por via marítima deveria ser proibida no Brasil.
Os críticos da atividade avaliam que transportar animais vivos por mar é uma das práticas de maior impacto negativo da pecuária. Dentro dos navios, os bois viajam em condições precárias, mantidos em espaços pequenos - quase do tamanho de uma porta – e são submetidos a más condições de higiene, usualmente com acúmulo de dejetos, e de bem-estar, como superlotação e calor elevado. Eles são obrigados a viajar entre as próprias fezes e urina. Durante o trajeto, muitos animais morrem por conta do calor elevado e doenças respiratórias. Nos países importadores, eles podem ser abatidos com procedimentos que não seriam permitidos aqui no Brasil. Investigações mostram o uso de práticas como corte de tendões das pernas, perfuração dos olhos e torção do rabo para imobilizar os animais.
Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals no Brasil, aponta que além do sofrimento animal, tal atividade ainda oferece riscos à saúde pública: “A exportação de animais vivos por mar também representa um risco para a saúde pública global. O transporte de animais vivos através de fronteiras nacionais é um vetor para a transmissão de doenças zoonóticas e a eclosão de novas pandemias”, afirma
Vanessa Garbini explica que a exportação de bovinos vivos por via marítima também impacta negativamente o meio ambiente, a qualidade do ar, os ecossistemas marinhos e propicia a propagação de doenças. “A exportação de animais vivos gera riscos para os ecossistemas marinhos, para a segurança da navegação e a segurança portuária. Ela também impacta a qualidade do ar nas cidades onde ocorrem os embarques. Além disso, é um potencial vetor de transmissão de doenças de origem zoonótica”, elenca Sturaro.
Segundo o jornal britânico The Guardian, estima-se que a chance de um navio que transporta animais vivos naufragar e causar um acidente ambiental ou marítimo é duas vezes maior do que a de outros navios mercantes, como já aconteceu anteriormente em diferentes locais do mundo, inclusive no Brasil.
Em 2015, um navio com mais de 5 mil bois tombou e afundou no porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará. A maior parte dos animais embarcados morreu afogada e seus corpos em decomposição e o óleo que vazou do navio poluíram rios e praias, o que causou sérios prejuízos para a subsistência e para a saúde das comunidades locais. A tragédia, que completa 10 anos em 2025, comprometeu a operação do porto, resultando na queda de 70% nas exportações no primeiro ano após o acidente. Um dos berços de atracação segue bloqueado com a carcaça do navio e dois berços adjacentes tiveram a sua capacidade operacional prejudicada. Segundo o relatório Exportação Vergonha, estima-se que o prejuízo causado pelo naufrágio chegue a mais de 200 milhões de reais.
Hoje, quatro projetos de lei que visam proibir ou restringir a exportação de animais vivos no Brasil tramitam no Congresso Nacional. Para a MFA, as propostas refletem a pressão da sociedade civil e de organizações de defesa animal sobre o tema.
Confira o que cada projeto prevê e a tramitação de cada um:
Além dos projetos, uma ação civil pública movida pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal também tramita na justiça desde 2017. A entidade alegou que a atividade para o abate em países no exterior é feita de modo inerentemente cruel.
Na primeira instância, a Justiça acatou o pedido do Fórum para suspender a exportação de animais vivos em todos os portos do Brasil. Porém, a decisão só valeria se fosse acatada em segundo grau – o que não ocorreu. O Fórum Animal vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Países como o Reino Unido, Alemanha, Luxemburgo, Nova Zelândia e Índia já adotaram medidas para acabar ou restringir a atividade em seus territórios.
O leilão do canal de o ao Porto de Paranaguá (PR) deverá ocorrer em agosto de 2025. A previsão foi anunciada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante agenda oficial na França, juntamente com o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. O terminal é o segundo maior porto do Brasil e da América Latina, atrás apenas do Porto de Santos (SP).
Os documentos técnicos, com solicitação para agendamento do leilão, já foram encaminhados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo Costa Filho, a ideia é que, em seguida, sejam tomadas providências para dar início a leilões de outros terminais situados no Brasil.
“Essa parceria é muito saudável para o Brasil. Será um marco para o setor portuário brasileiro. Depois do leilão de Paranaguá, que pode chegar a R$ 1 bilhão, vamos fazer o leilão do canal do Porto de Santos, do Porto da Bahia e do Porto de Itajaí. Isso vai dar previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário do país”, afirmou o ministro.
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A partir do leilão, o calado do canal ará de 13,5 metros de profundidade para 15,5 metros. Na prática, essa medida aumenta a capacidade do terminal para receber navios de maior porte, o que, consequentemente, também amplia a movimentação de cargas.
O Secretário Nacional de Portos do MPor, Alex Ávila, explica que cada centímetro a mais no calado do canal de o corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. Na avaliação dele, a concessão vai colocar o terminal em outro patamar em relação ao comércio internacional.
“Estamos bastante confiantes nesse modelo de leilão, que seguramente terá muita competição. A concessão vai elevar o Porto de Paranaguá a um patamar de 15,5 metros, então teremos um ganho substancial. Além do ganho de escala que virá com o aumento do número de navios”, afirmou.
Dados divulgados pela Portos Paraná mostram que o terminal de Paranaguá movimentou, em 2024, 66.769.001 toneladas. O resultado representa um salto de 2,1% em relação ao ano anterior. O volume corresponde a 80% da produção de grãos de toda a região Sul do Brasil. (https://www.portosdoparana.pr.gov.br/Noticia/Porto-de-Paranagua-mostra-eficiencia-e-bate-recorde-de-movimentacao-em-2024)
No ano ado, foram registradas 40 milhões de toneladas em exportação e 26,7 milhões em importação. Os tipos de cargas mais enviados a outros países foram:
Já as principais cargas trazidas ao Brasil por Paranaguá foram:
Atualmente, o Porto de Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano. O destaque é para cargas de granéis sólidos, como soja e proteína animal. Para o governo federal, a concessão vai proporcionar mais eficiência à operação portuária, inclusive com ampliação da quantidade de embarcações.
O número de países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil chegou a 21. A informação foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quarta-feira (4).
As medidas foram tomadas devido à detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no município de Montenegro (RS).
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (4), o ministro Carlos Fávaro, afirmou que esse foco foi contido e que a doença não se espalhou para fora da granja. "Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido", disse.
O caso em Montenegro foi registrado há 3 semanas e apontado com o primeiro identificado em uma granja comercial no Brasil. A gripe aviária chegou ao país em 2023 e, até maio deste ano, só havia atingido aves silvestres e de criação doméstica.
De acordo com a Pasta, ainda há uma articulação com as autoridades sanitárias das nações importadoras, com disponibilidade de informações técnicas necessárias sobre o caso. O Ministério também pontua que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.
Ainda segundo o ministério, há um novo caso suspeito em uma granja comercial que está sendo investigado, em Teutônia, também no estado gaúcho. Outras três suspeitas foram descartadas. Elas estavam localizadas em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS).
No último dia 3, foi confirmado um caso de gripe aviária em uma espécie de pato no zoológico de Brasília. O ministro, porém, disse que não existe motivo para alarde com relação a esse foco.
Desde o início de 2025, 451 suspeitas foram investigadas. Cinco casos foram confirmados. Dois deles em Montenegro, dois em aves de zoológicos, em Brasília e em Sapucaia (RS); e um em Mateus Leme (MG).
O empresário Leandro Daher sempre teve o desejo de empreender com bebidas inspiradas na riqueza da Amazônia. A guinada veio com uma ideia ousada: criar o primeiro gin com flor de jambu da região.
“Eu já estava estudando destilação e o mercado de bebidas e aí veio o grande insight do gin com flor de jambu. Na época, só existia a cachaça de jambu. Essa ideia me deixou louco. Eu fiquei sem dormir e comecei a correr atrás para ver como é que eu conseguiria montar essa receita, ser o primeiro gin de jambu da Amazônia”, conta.
Com olhar empreendedor e espírito inovador, o empresário buscou capacitação especializada para transformar sua ideia em um negócio de verdade. Desenvolveu a receita, criou a identidade visual e lançou as primeiras garrafas de gin com flor de jambu — um produto inédito na região.
“Eu queria algo amazônico, que remetesse à brasilidade dos nossos produtos. Eu acho que consegui. Lancei as primeiras garrafas”, relata Leandro.
Assim nasceu a AMZ Tropical, uma destilaria de porte artesanal dedicada à criação de bebidas com sabores autênticos da Amazônia — e que agora se prepara para conquistar o mercado internacional com o apoio técnico e especializado da ApexBrasil.
A forte identidade brasileira da empresa tinha um propósito claro: a exportação. “Eu sempre tive a impressão de que o produto amazônico é muito valorizado fora do Brasil, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Foi algo natural. A gente começou a correr atrás de incentivo à exportação”, diz.
Embora tivesse o desejo de alcançar clientes em mercados internacionais, o publicitário não sabia, sequer, por onde começar. Até que conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). “A Apex foi a nossa grande virada de chave. Eles nos mostraram que a exportação não é um bicho de sete cabeças. Dá para fazer. Tem que ter cuidado, tem várias coisas para vencer, mas não é impossível”, afirma.
Por meio do Programa de Qualificação para a Exportação (Peiex), o empresário ou a entender o que precisaria fazer para ar o mercado exterior, mas não parou por aí. “Quando a Apex levou a gente para a Califórnia, na Expo West, a gente capacitou todo o time, [no sentido] de mostrar o mercado, mostrar o preço, mostrar como o produto tem que ser comunicado no mercado americano. Poder participar dessa feira lá nos Estados Unidos abriu a nossa visão do que é a exportação”, afirma.
A experiência internacional empresarial foi tão positiva que a AMZ Tropical se prepara para abrir a primeira filial em solo norte-americano. Trata-se de uma importadora, que vai diminuir a dependência de terceiros no processo de exportação.
A experiência exitosa com a ApexBrasil faz com que o Leandro não tenha dúvidas sobre que conselhos dar a outros empreendedores que desejam ganhar mercados no exterior. “Toda semana tem coisa nova, toda semana eles estão lançando eventos, feiras, capacitação. Até tem como fazer exportação sozinho, mas eu acho que vai penar muito mais. A gente pode contar com um órgão que está funcionando, que consegue apoiar micro, pequeno exportador. Procure a Apex e você não vai se arrepender”, recomenda.
A ApexBrasil oferta uma série de programas que visam facilitar a inserção de empresas brasileiras — sobretudo micro e pequenos negócios — no mercado internacional de seus segmentos.
Um deles é o Peiex. Presente em todas as regiões do país, o programa orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil, em cada estado do país, e um termo de adesão ao programa.
O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para ar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.
Entre 2023 e 2024, o Peiex atendeu cerca de 6,2 mil empresas. Destas, 1,1 mil já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,27 bilhões.
Para mais informações sobre empresas que internacionalizam suas vendas e programas de incentivo à exportação, e: www.brasil61.comunicamaranhao.com.
Depois de 90 anos no mercado brasileiro e, ao menos, 30 anos no comércio exterior, a Britvic Brasil poderia se dar por satisfeita. A posição de destaque no ramo de bebidas não alcoólicas, como chás, sucos e energéticos, no entanto, não era suficiente e, por isso, a empresa propôs um novo objetivo: potencializar as vendas para o mercado internacional — tímidas em comparação às vendas internas.
O processo de expansão da internacionalização da marca ganhou força quando a empresa intensificou os contatos com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), afirma o gerente de comércio exterior da Britvic Brasil, Erick Wedemann.
“A gente começou a participar de muitas feiras [de negócios] promovidas pela Apex e, a partir daí, a agência mostrou outros tipos de serviços e auxílios. A gente ou a beber dessa fonte”, conta.
Feiras e rodadas de negócios foram apenas uma parte do e dado pela ApexBrasil para o crescimento da empresa no exterior, conta Erick. Reuniões com potenciais compradores, fóruns e embaixadas de outros países foram intermediadas pela agência.
O apoio se estendeu até mesmo a questões regulatórias. “Em alguns países que a gente foi entrar, a legislação era um pouco delicada; a gente não tinha conhecimento tão detalhado, e a Apex nos ajudou muito nessa comunicação com o órgão do país de destino”, destaca.
O resultado da parceria é inquestionável, afirma Erick. “Antes do nosso relacionamento com a Apex, a gente produzia por volta de 40 SKUs e exportava esses SKUs para aproximadamente 12 a 15 países. Hoje, a gente vende para quase 29 países e a consequência disso é em produtos e resultados. A gente está com 20% a mais de produtos, quase 50 SKUs exportados e um resultado de duas a três vezes maior se comparado ao nosso pré-relacionamento com a Apex”, relata.
A Britvic Brasil fortaleceu a presença na Europa e na Ásia. Estados Unidos, Holanda e China são os principais destinos das exportações da empresa, que aposta em bebidas com sabores brasileiros, como o açaí e acerola, para conquistar novos mercados.
“A gente não estaria onde está se a gente não tivesse todo auxílio, parceria e seriedade de trabalho da Apex. A gente chegou em mercados que, sete anos depois, são cruciais para o nosso desenvolvimento. Se a Apex não estivesse lá no comecinho, a gente não teria construído isso”, acredita.
Segundo Erick, o relacionamento com a Apex promoveu um ciclo virtuoso de crescimento para a empresa, que ampliou a estrutura, o número de produtos e de colaboradores por causa do aumento das exportações.
Empresas brasileiras que desejam ar ou fortalecer a participação no mercado internacional podem contar com diversas iniciativas da ApexBrasil. Uma delas é a ApexBrasil Mais Feiras.
Trata-se de um programa que apoia e viabiliza a participação de empresas brasileiras em feiras internacionais. Além de fechar negócios, a iniciativa permite às empresas promoverem a própria imagem, prospectar tendências em suas áreas de atuação e analisar a concorrência.
A Apex Brasil prepara as empresas, fornece estudos comerciais específicos, promove webinar pré-evento e dá e aos empreendedores durante todo o evento.
Para mais informações sobre empresas que internacionalizam suas vendas e programas de incentivo à exportação, e: www.brasil61.comunicamaranhao.com.
A infraestrutura limitada, os altos custos de produção e a distância dos principais mercados consumidores do país levaram à criação da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre). A Cooperacre foi organizada com o objetivo estratégico e inovador de unir todas as cooperativas extrativistas do estado no esforço de fortalecer o comércio dos produtos amazônicos com outras regiões do país.
“Nós trabalhamos com produtos não madeireiros, como castanha, borracha, polpa de frutas e palmito de pupunha em conserva. Hoje, nós atendemos mais de 2.500 famílias extrativistas da agricultura familiar da nossa região”, explica Kássio Almada, gerente de vendas da Cooperacre.
Kássio diz que a empresa atua no mercado internacional desde os primeiros anos, mas que o cenário começou após a construção de usinas de beneficiamento, que permitiram à cooperativa fabricar bens de valor agregado e não apenas matérias-primas. A maior parte dos clientes estava em outros estados do país.
As exportações, por sua vez, ainda eram tímidas, representando pouco do volume produzido pelos cooperados. Foi depois da parceria com a ApexBrasil que a chave virou, diz o gerente de vendas da Cooperacre. A jornada da Cooperativa na ApexBrasil [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos] incluiu a agem dos produtores pelo Peiex [Programa de Qualificação para a Exportação], que ajudou a dar o conhecimento necessário sobre o processo exportador e, na sequência, a ampliação do o a novos mercados para produtos importantes para a região como a castanha, nosso principal produto.
“Antes de conhecer a Apex, as exportações representavam de 5% a 10% de tudo o que produzíamos. Depois de ar pelo Peiex, tivemos um upgrade. Hoje, entre 50% e 55% do que nós processamos é exportado” conta Kássio.”
Ele destaca que a ApexBrasil não apenas deu e com o conhecimento teórico sobre comércio exterior, mas conectou a cooperativa a compradores internacionais. A Cooperacre participou do Exporta Mais Amazônia, programa que visa fomentar as exportações de setores compatíveis com a floresta e com alto valor agregado da Amazônia brasileira.
“A Apex nos aproximou de algumas iniciativas, como o Exporta Mais Amazônia, que trouxeram um resultado concreto com exportação para os compradores que eles trouxeram da Europa. Tenho relações com o pessoal dos Emirados Árabes, da Ásia. A gente abriu muito canal”, comemora.
Atualmente, a Cooperacre tem clientes em 11 países. Emirados Árabes, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Filipinas, Itália, Kuwait, Peru, Lituânia, Rússia e Chile.
O sucesso atesta que o objetivo inicial da cooperativa está se cumprindo, melhorando a vida de centenas de famílias no estado do Acre. “A gente está alimentando uma rede que, de forma indireta, chega até cinco mil pessoas. A gente se orgulha de estar tentando valorizar o que essas pessoas produzem, que são produtos da bioeconomia brasileira, que não desmatam e que têm um princípio muito valoroso, que é a preservação da Amazônia”, conclui Kássio.
A ApexBrasil oferta uma série de programas que visam facilitar a inserção de empresas brasileiras — sobretudo micro e pequenos negócios — no mercado internacional de seus segmentos.
Um deles é o Peiex. Presente em todas as regiões do país, o programa orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil, em cada estado do país, e um termo de adesão ao programa.
O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para ar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.
Desde que surgiu, o Peiex atendeu mais de 30 mil empresas em todo o país. Destas, mais de 20 mil são de micro e pequeno porte (MPEs), representando 75% do total. Entre 2023 e 2024, o programa capacitou mais de 6,2 mil empresas, das quais 1,1 mil aram a exportar, em negócios que movimentaram cerca de US$ 3,27 bilhões.
Para mais informações sobre empresas que internacionalizam suas vendas e programas de incentivo à exportação, e: www.brasil61.comunicamaranhao.com.
Com o intuito de avançar em projetos que visam descarbonizar o setor aéreo, o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, assinou na segunda-feira (12) um Memorando de Entendimento para ações de cooperação em pesquisa e desenvolvimento de Combustível Sustentável de Aviação (SAF). A foi feita juntamente com a Universidade de Aviação Civil da China (CAFUC).
A cerimônia de ocorreu em meio à agenda da Pasta, com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, ao país asiático. O ministro Silvio Costa Filho se disse otimista com a parceria e acredita que essa relação trará muitos pontos positivos para as duas nações.
“Nós temos muita iração pela China. Sabemos da expertise, hoje, na aviação e queremos, cada vez mais, trocar experiências na área e no fortalecimento do setor. Não só nos serviços de tecnologia, de inovação, mas, sobretudo, na área do novo combustível do futuro, que é o SAF”, pontuou.
Ainda segundo o ministro, esse memorando está alinhado com os objetivos do governo no que diz respeito à descarbonização e sustentabilidade no setor aéreo. “Essa é uma das importantes agendas que temos desenvolvido nesta viagem à China, ao lado do presidente Lula”, disse.
Pelo que prevê o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, a meta é reduzir suas emissões em 1% em 2027 e ampliar a redução progressivamente até 10% em 2037.
Entre os objetivos do Memorando de Entendimento está a promoção de troca de conhecimentos, experiências e tecnologias entre os participantes. Além disso, a ideia é implementar programas conjuntos de capacitação técnica e científica para profissionais dos dois países.
Outro intuito é identificar oportunidades de financiamento e desenvolvimento de projetos conjuntos voltados à sustentabilidade na aviação civil associados à cadeira de Combustível Sustentável de Aviação.
Mais sobre infraestrutura:
Pelo lado brasileiro, o Ministério de Portos e Aeroportos conta com competências para formulação, coordenação e supervisão de políticas nacionais relacionadas ao setor de aviação civil. Já a Universidade de Aviação Civil da China é reconhecida por sua expertise técnica e científica em aviação e sustentabilidade.
Das atividades de cooperação estabelecidas no memorando, destacam-se as seguintes:
Além disso, estão previstos estudos e análises ligados ao desenvolvimento de infraestrutura e logística para produção, distribuição e comercialização de Combustível Sustentável de Aviação em aeroportos, entre outros pontos.
Ainda em cumprimento à agenda com os chineses, o ministro Silvio Costa Filho apresentou a carteira brasileira de investimentos a empresários do país asiático. Foi exposta a agenda de projetos previstos para este ano e para 2026, no que diz respeito ao setor portuário e hidroviário.
Costa Filho destacou as relações sólidas comerciais e diplomáticas entre Brasil e China e reforçou que a meta do governo nacional é realizar 60 leilões, entre 2023 e 2026. Além disso, o governo federal visa contratar cerca de R$ 30 bilhões em investimentos nos portos brasileiros.
“Precisamos aproveitar essa grande janela de oportunidades. Hoje viemos apresentar a nossa carteira de investimentos do Novo PAC. São grandes investimentos em concessões nas áreas portuária, aeroportuária e hidroviária. Mas, sobretudo, com olhar para os portos brasileiros, tendo em vista o crescimento das exportações no país”, destacou.
Na ocasião, o ministro citou o Programa de Arrendamento Portuário (PAP), que visa modernizar a infraestrutura portuária no Brasil e promover o desenvolvimento regional. Outra obra relevante mencionada pelo ministro foi o Túnel Santos-Guarujá, cujo leilão está previsto para agosto de 2025. Para esse empreendimento, o investimento previsto é de R$ 6 bilhões.
Ainda na China, Silvio Costa Filho se encontrou com gigantes da infraestrutura para reuniões bilaterais. O intuito das conversas é atrair investimentos para grandes obras no Brasil.
O ministro se reuniu com as empresas chinesas CCCC e CSCEC para apresentar detalhes do projeto para a construção do Túnel Santos-Guarujá e da carteira de leilões portuários previstos para 2025 e 2026.
“Cada vez mais o mercado asiático está observando o Brasil como a grande janela de oportunidade de investimentos. Isso é muito importante para o país, sobretudo para a agenda de desenvolvimento econômico. A gente espera para os setores portuário e hidroviário, nos próximos 10 anos, investimentos de R$ 15 bilhões”, disse o ministro após as reuniões.
A CCCC (China Communications Construction Company) foi responsável pela construção dos túneis submarinos da Baía de Dalian, de Shenzhen-Zhongshan e de Hong Kong–Zhuhai–Macau, considerado um dos projetos subaquáticos mais complexos do planeta.
Já a CSCEC (China State Construction Engineering Corporation) atua na área de construção civil e obras públicas. A companhia foi responsável pela maioria dos grandes edifícios da China.
As agendas no país asiático se somam ao roadshow que o ministro realizou pela Europa, em abril. Naquele mês, Costa Filho visitou empresas de Portugal, Holanda e Dinamarca. As companhias são especializadas em obras similares à que será realizada na construção do túnel brasileiro.
A Coopercabruca, cooperativa de cacauicultores do Sul da Bahia, nasceu com um propósito de impulsionar os lucros dos produtores da região após uma crise que prejudicou as lavouras locais. Fundada com foco na exportação do cacau baiano, a iniciativa conecta hoje produtores de todo o estado e comercializa amêndoas de cacau e seus derivados para o mercado nacional e internacional, com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Mesmo sem profundo conhecimento técnico no início, os integrantes da Coopercabruca apostaram na exportação. A primeira tentativa veio por meio de um intermediário na Suíça, relata o presidente Orlantildes Santos Pereira. A experiência, no entanto, não trouxe lucros.
Após a experiência, Orlantildes percebeu a necessidade de profissionalizar o processo de exportação da cooperativa. A Cooperativa foi convidada a participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), promovido pela ApexBrasil e essa formação foi decisiva para transformar a visão da cooperativa sobre o mercado global.
“De início, uma coisa que para a gente foi muito boa foi o treinamento para a formação de preços, pois tínhamos muita dificuldade para formar preços para exportar. Isso foi muito importante”, destaca Orlantildes. "A ApexBrasil é uma grande parceira do empresário que quer exportar", afirma.
Outro aprendizado decisivo, segundo Orlantildes, foi entender a importância da negociação estratégica e da apresentação eficaz do produto. “Hoje, na hora de negociar, procuramos saber o que o comprador quer e focamos na qualidade do meu produto. E também na questão de ar para o comprador a credibilidade da cooperativa, porque a gente tem um nome a zelar e estamos construindo isso”, relata.
Antes da capacitação do Peiex, o presidente da Coopercabruca encarava com receio as conversas com importadores. “Hoje, não tenho medo, nenhum temor de encarar qualquer importador tête-à-tête, porque tenho conhecimento. E sei como posso negociar de forma a tirar proveito. Não tenho muita experiência na exportação, mas não tenho aquele medo de encarar uma empresa de fora, porque o conhecimento básico a gente tem. Foi um divisor de águas, antes e depois da ApexBrasil”, destaca.
Graças ao programa de qualificação para exportação e à nova postura comercial, a Coopercabruca já exporta para os Estados Unidos e para empresas responsáveis pela produção de chocolate suíço – um dos mais renomados do mundo.
O Peiex oferece diagnóstico gratuito e personalizado para empresas interessadas em exportar. O programa traça um plano de exportação sob medida, com ações práticas para internacionalizar negócios brasileiros de forma estruturada.
Entre 2023 e 2024, mais de 6,2 mil empresas foram atendidas pelo Peiex e 1,1 mil delas exportaram U$ 3,27 bilhões no período.
Para mais informações sobre esse e outros programas da ApexBrasil, e www.brasil61.comunicamaranhao.com/solucoes.
A Castanhas Ouro Verde é exemplo de como certificação e apoio técnico abrem portas para o mundo.
A empresa Castanhas Ouro Verde, sediada no município rondoniense de Jaru, já nasceu com vocação para o mercado internacional. Especializada no beneficiamento de castanhas-do-Brasil, a empresa foi idealizada por Ítalo Tonedo quando ele tinha 17 anos, no Paraná. Sem experiência em exportação, o empreendedor buscou capacitação e encontrou apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para conquistar novos mercados internacionais
O primeiro contato de Tonedo com a ApexBrasil foi por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex). A iniciativa oferece capacitação com foco nas exigências do mercado internacional e orientações práticas sobre como adaptar a produção para atender aos padrões globais.
“Foi de suma importância, porque foi onde consegui ter noção do que precisava fazer, os caminhos que precisava seguir para estar apto a exportar”, relembra o empresário.
Após a fase inicial de preparação, a ApexBrasil seguiu ao lado da Castanhas Ouro Verde, apoiando a promoção da marca no exterior. Segundo Tonedo, um dos pontos altos dessa parceria foi a participação em feiras internacionais e rodadas de negócios.
A participação em uma dessas rodadas, em Rio Branco (AC), foi decisiva para a empresa. “Uma grande virada de chave mesmo foi quando ApexBrasil fez uma rodada de negócios para compradores de castanha-do-Brasil no mundo. Trouxe os principais compradores até Rio Branco. A virada de chave para mim foi isso, onde a gente realmente conseguiu conhecer quem compra castanha no mercado internacional e ter contato direto com esses caras sem barreira”, relembra.
Atualmente, a Castanhas Ouro Verde exporta para mais de 10 países, entre os quais os Estados Unidos, com produtos que vão desde ingredientes até castanhas prontas para o consumo.
Para Tonedo, exportar exige mais do que vontade – requer qualidade certificada. Um dos principais desafios para ar novos mercados é cumprir rigorosamente as exigências técnicas e sanitárias dos países de destino.
“Hoje, não basta estar habilitado a exportar, porque o cliente lá fora quer muito mais do que isso – ele quer a certificação de qualidade da segurança alimentar que já conhece. Fornecer o que ele quer: um produto de qualidade, obviamente, mas atendendo aos padrões de qualidade [do comprador internacional]”, pontua Tonedo.
Graças ao crescimento de 550% nas exportações em 2024, a Castanhas Ouro Verde foi premiada na categoria Destaque Agro (Micro e Pequeno Porte), em cerimônia organizada pela ApexBrasil em parceria com a revista Exame.
Para Tonedo, o e da agência continua sendo essencial: “Todo o problema, todas as dores que existem em qualquer nível de empresa – seja de pequeno, médio ou grande –, a ApexBrasil tem ajudado a solucionar e isso é muito positivo”, destaca.
O Peiex oferece diagnóstico gratuito e personalizado para empresas interessadas em exportar. O programa traça um plano de exportação sob medida, com ações práticas para internacionalizar negócios brasileiros de forma estruturada.
Entre 2023 e 2024, mais de 6,2 mil empresas foram atendidas pelo Peiex e 1,1 mil delas exportaram U$ 3,27 bilhões no período.
Para mais informações sobre esse e outros programas da ApexBrasil, e www.brasil61.comunicamaranhao.com/solucoes.
Do município de Combinado (TO), no sítio Rio Palma, surge uma história de empreendedorismo enraizada na tradição. A Cachaça Palmeira, criada por Paulo Palmeira, é resultado de uma herança familiar que atravessa gerações — do avô ao pai do produtor. Agora, está pronta para ganhar o mundo, com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil.
Com um cuidado artesanal na produção, a Cachaça Palmeira se destaca por sabores únicos, como a Baru Mel, curtida no fruto do baru – árvore nativa do Cerrado –, e por mais de 30 embalagens exclusivas, pensadas para valorizar a identidade regional. "Se for para eu entrar na linha de exportação, quero entrar com um produto diferenciado”, afirma o produtor Paulo Palmeira.
“A Cachaça Palmeira só o Tocantins tem. Sou um apaixonado pelo meu estado e, onde vou, sempre levo o nome de Combinado e do Tocantins e desses dois aglomerados turísticos, Jalapão e Serras Gerais. Está na embalagem que é patrimônio imaterial do Tocantins. A minha empresa representa a cultura, a tradição, valorizando a própria identidade", explica.
Após conquistar consumidores em diversos estados brasileiros, Paulo dá um novo o rumo à internacionalização da Cachaça Palmeira. Ele participou do Exporta Mais Brasil e do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), programas da ApexBrasil que promovem a exportação de produtos brasileiros no exterior. “Depois que conheci a ApexBrasil, percebi que há muitas portas a serem abertas. E que, além do mercado estadual e regional, eu também posso atingir o mercado internacional”, afirma o empreendedor.
Em uma rodada de negócios realizada em Palmas, Paulo apresentou seus produtos para potenciais compradores de países como Índia, Peru e Portugal. O apoio da ApexBrasil está sendo essencial neste processo. “A ApexBrasil é a que pode, no momento, me ajudar e que está abrindo as portas. E acredito que vai me levar muito longe. Estou de braços abertos, acolhendo o que a ApexBrasil pode me oferecer. Sou um pequeno empreendedor que está iniciando. Então, preciso de uma instituição de nome, uma instituição que tem credibilidade, uma instituição que sabe orientar o pequeno empreendedor”, destaca.
O Exporta Mais Brasil já realizou 28 edições entre 2023 e 2024. O programa promove reuniões entre empresas brasileiras e compradores internacionais, com foco em aumentar as exportações regionais.
Resultados do Exporta Mais Brasil:
- 875 empresas brasileiras apoiadas
- R$ 553 milhões em negócios gerados
- 305 compradores internacionais de 65 países
O Programa de Qualificação para Exportação é voltado para empresas que desejam se preparar para o mercado internacional. Oferece diagnóstico empresarial, capacitação em comércio exterior e plano personalizado de exportação.
Números do Peiex (2023-2024):
- Mais de 6,2 mil empresas atendidas
- 1,1 mil empresas aram a exportar
- U$ 3,27 bilhões em exportações geradas
Empresas de todos os tamanhos e regiões do país podem se beneficiar dos programas da ApexBrasil. Para saber mais sobre o Exporta Mais Brasil e o Peiex, e: www.brasil61.comunicamaranhao.com/solucoes.